Leituras 2020 #1
Quem me seguia e segue sabe de certeza que ler é um dos meus hobbies preferidos!
Podem passar anos mas esta paixão permanece.
O 1.º livro que li em 2020 é "Os três", da Sarah Lotz.
O dia que nunca será esquecido.
O dia em que há quatro acidentes de avião, em simultâneo, em diferentes pontos do globo.
E três crianças sobreviveram.
O mundo vive atordoado com a trágica coincidência. À beira do pânico global, as autoridades são pressionadas a encontrar as causas que motivaram os acidentes. Com terrorismo e desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma correlação lógica, tirando o facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes.
Intituladas Os Três pela imprensa internacional, as crianças exibem distúrbios de comportamento, presumivelmente causados pelo horror que viveram e pela pressão da comunicação social. Esta pressão torna-se ainda mais intrusiva quando um culto religioso liderado por um ministro fanático insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse. E se, para mal de toda a Humanidade, ele tiver razão?
A minha opinião:
O teor deste livro foge um bocado ao tipo de livro que gosto de ler (essencialmente policiais), mas resolvi dar uma oportunidade a outras leituras.
E devo dizer que não fiquei dececionada! A estrutura do livro é diferente. Estamos perante um livro dentro do livro! A história é um misto de fantasia e terror! Sarah Lotz faz uso de diferentes formatos de história oral, escrevendo um livro dentro do livro assinado pela jornalista Elspeth Martins: “Quinta-Feira Negra – da queda à conspiração”, um relato não ficcional sobre a tragédia. Ela usa uma mistura de entrevistas, recortes de jornal, uma biografia inacabada e a publicação de mensagens trocadas online entre amigos das vítimas, para atingir o climaz da história.
O dia 12 de Janeiro de 2012 ficará para sempre conhecido como a quinta-feira negra. Praticamente em simultâneo, quatro acidentes de avião têm lugar em quatro diferentes pontos do globo. O mundo fica atordoado com a trágica coincidência, exigindo que as autoridades encontrem as causas que motivaram os acidentes. Com o terrorismo e os desastres ambientais fora da equação, não parece haver uma explicação ou causa que pareça fazer sentido, para além do facto de ter havido uma criança sobrevivente em três dos quatro acidentes.
Intituladas de Os Três pela imprensa internacional, as crianças apresentam alguns distúrbios comportamentais, presumivelmente causados pelo horror que experienciaram e a insana pressão exercida pela comunicação social. Pressão essa que se torna ainda mais intrusiva quando um culto religioso, liderado por um fanático, insiste que as crianças são três dos quatro profetas do Apocalipse, dando início às buscas da quarta criança. A verdade, porém, parece estar muito longe da palavra de Deus.
Apresentando um olhar irónico do mundo, preso à vontade de acreditar em algo de grandioso, Sarah Lotz oferece ao leitor um thriller que, para lá de uma clara provocação – ao jornalismo, à religião, à ideia de Humanidade -, é também um acelerador natural da tensão arterial.
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